Interferências Eletromagnéticas, ruídos podem interferir na transmissão de informação

Interferências Eletromagnéticas, ruídos podem interferir na transmissão de informação

 Quem já dirigiu Fusca, Brasília, Corcel, Fiat 147 e a maioria dos veículos antigos, de alguma forma, viu, ou melhor, ouviu uma trilha sonora de grande sucesso: A interferência eletromagnética! Aquele ruído que ao acelerar o carro, não importava a qualidade de seu aparelho de rádio ou a gravação da fita cassete, ela estava lá, predominando em seu som. 

Pois bem, este inconveniente não acabou nos carros antigos, pelo contrário ele acompanhou a tecnologia atual. Nos carros atuais temos visto sua presença não mais nos ruídos do sistema de áudio, mas no funcionamento do veículo, atrapalhando sua ignição, aceleração, funções de itens de segurança e conforto.

Mas o que é e como se dá a interferência eletromagnética?

É um termo genérico comumente aplicado em eletrônica para expressar ruídos que interferem na transmissão de informação ou no funcionamento de um circuito. A sua origem pode ser oriunda de um circuito externo, pelo fenômeno da indutância ou até mesmo pela geometria dos condutores do circuito planejado.

Como impedi-la nos sistemas?
Primeiro vamos conhecer Faraday, Gauss e Vangraaf

Em 1843, o físico e químico Inglês, Michael Farady, em um experimento, pôde demonstrar que uma superfície condutora eletrizada possui campo elétrico nulo em seu interior, dado que as cargas se distribuem de forma homogênea na parte mais externa da superfície condutora, que foi chamada de Gaiola ou escudo de Faraday. 

Podendo ser comprovada pela lei de Gauss. O Matemático alemão Carl Friedrich Gauss estabeleceu a relação entre o fluxo do campo elétrico através de uma superfície fechada com a carga elétrica que existe dentro do volume limitado por esta superfície, como exemplo utilizamos um Gerador de Vangraaf, que consiste em uma máquina eletrostática que foi inventada pelo engenheiro estado-unidense e descendente de holandeses, Robert Jemison van de Graaff, por volta de 1929.

Estes feitos trouxeram para aplicação veicular de malhas em cabos elétricos que transmitem sinais, onde não podem sofrer interferências, pois os mesmos quando têm seus sinais alterados o funcionamento do veículo fica defeituoso. 

Sensor de Rotação:
Geralmente seu cabo de comunicação com a ECU (Unidade de Controle Eletrônico) passa perto das Bobinas de Ignição, Alternador e Motor de Partida em alguns veículos, que geram tais interferências Magnéticas.

Sensor de Detonação:
Preso ao bloco do motor, seu cabo fica próximo ao motor de partida e alternador, e falhas dos mesmos podem interferir em seu funcionamento.

 Central de Injeção Eletrônica:

Alguns modelos tinham internamente um revestimento por uma lâmina de alumínio, que fazia a função da Gaiola de Faraday, nos atuais a própria carcaça em alumínio tem esta função.

Para evitar as interferências, estes componentes possuem em seus cabos elétricos uma malha, que é aterrada, como os aterramentos em instalações residenciais para prevenir uma descarga elétrica.

Esta malha reveste todo o cabo, mas não tem contato com elemento sensor, apenas o cobre, e recebe uma ligação ao terra direto, assim protegendo das interferências eletromagnéticas.

1º) Veículo dá partida e não entra em funcionamento. Falha interna do motor de partida

CAUSA 1: Imã trincado ou deslocado da carcaça polar do motor de partida;

 CAUSA 2: Falhas no porta escovas, com molas fracas, pois seu contato irá causar centelhamento.

 CAUSA 3: Limpeza da mica do coletor do induzido.

É comum a limpeza da mica com utilização de uma lâmina de serra, o que deve ser observado é que os dentes da lâmina possuem inclinação para as extremidades, e isto causa uma falha, abrindo ou deixando ranhuras no lábio das aberturas do suco da mica. A lâmina deve ser acertada em um esmeril, deixando sua lateral lisa, mantendo os dentes bem alinhados. Outro cuidado é não utilizar lixa no coletor, deve ser utilizada uma esponja como as de lavar vasilhas ou palha de aço. As lixas causam ranhuras, ainda que finas, podendo causar centelhamento nas escovas de partida.

 2º) Veículo não sobe rotação, falha na aceleração

Esta falha está ligada por interferência do alternador. Pegamos vários casos deste onde ao realizar diagnóstico com scanner apresenta código referente ao sensor de detonação. 

 Uma falha no isolamento dos enrolamentos do Estator, desalinhamento da carcaça polar do Rotor, irá gerar ruídos magnéticos.

O melhor meio de conferir na oficina estas falhas é com a utilização do osciloscópio automotivo, pois com ele você conseguirá ver as formas das ondas geradas e as imperfeições que surgem pelas interferências magnéticas.

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